segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

MILAGRES EM CAMPO GRANDE

Existem casos estranhos que acontecem em qualquer lugar do mundo.
 Mas milagres de verdade é fenômeno raro.
 E por incrível que pareça a gente costuma ver acontecer em Campo Grande.
 Quando eu era criança ainda bem pequeno com uns 5 ou 6 anos nós fomos a um estranho passeio.
  Era um cemitério. 
 E todo mundo intende cemitério como sendo um lugar de tristeza e mortes...
  Mas nessa época, o cemitério que a gente foi estava sendo muito bem frequentado !
 Tinha filas na porta de entrada desde que ele abria até na hora de fechar.
Era um túmulo simples que atraía a tenção de imensas multidões de pessoas.
E nós também estávamos atraídos por la pela mesma razão.
  Dizia a lenda que uma criança talvez com a mesma idade que eu tinha ou pouco mais. 
Havia sido enterrada naquele cemitério.
 Ela havia morrido em casa num incêndio de sua residência.
 Diz a lenda que foi causado por uma vela acesa numa hora que ela rezava.
Depois dessa fatalidade a criança foi enterrada com muita comoção no cemitério. 
Teve início o fenômeno de brotar a água de seu túmulo e escorrer pra longe, uma água muito pura e límpida.
Esta água logo tomou fama de ser milagrosa e fazer curar e sarar as pessoas que tivessem mais fé.
 Tinha uma bica ou uma torneira lá nem sei mais direito.
 E todo mundo vinha agora 50 anos depois pegar dessa água abençoada pra buscar a cura de suas doenças...
 E assim era uma fila sempre pra pegar daquela água em uma garrafinha pra levar.
Isso teve início no começo do século vinte aqui na cidade.
 Mas Você poderia dizer isso aí é um fato isolado...
Mas e se eu disser que esse já é o segundo caso de  água milagrosa que eu tive notícia ? Porque pelo que eu sei teve uma menina que morreu assassinada por um tarado por aqui na cidade que também saía uma água milagrosa.
Tá bem, então são duas águas milagrosas...
Mas o que a gente poderia dizer de um caso que ficou famoso nacionalmente ?
Esse aconteceu a muito pouco tempo e até no fantástico apareceu.
 Uma família de um bairro daqui de campo grande, certa vez adquiriu uma santinha comum.
 Tudo estava bem quando finalmente repararam que havia uma substância cristalina que escorria lentamente das faces da pequena imagem de nossa senhora.
 Era uma coisa cremosa e viscosa.
 Que depois de um certo tempo as pessoas passaram a identificar como sendo mel.
 Sim depois que se identificou ser mel aquele líquido, que por sinal nunca mais parou de jorrar.
  A família passou a retirar e estava sempre juntando em vasilhas.
 Começaram a procurar e pedir aquele mel pra fazerem remédios e com os fins medicinais.
Não demorou muito tempo pra ajuntar as multidões na porta dessa família em busca do mel milagroso.
 As pessoas quiseram testar cientificamente para saber se aquilo era mel mesmo.
Num faltou quem quisesse pesquisar aquela santa pra saber se num era uma fraude e se não era alguém colocando os mel na imagem.
  Como eu disse isso saiu no jornal. Na TV, e nos meio de comunicação.
  Com isso eu quero apenas exemplificar que não basta existir o milagre, ainda vai aparecer alguém com a intenção de desacreditar.
 Além disso a santa é da família, eu jamais deixaria pegar nem levar pra estudar e nem nada disso.
 Porque num é da competência de ninguém.
  Se uma pessoa pede um pouco do mel pra curar uma doença ou machucado
 a família faz muito bem em repartir com a comunidade.
  Já mostrei aqui antes que o povo andava tomando até a água dum túmulo.
O que mais podem dizer do melzinh0 que saia de uma santa ?
Quem precisar de um milagre pode ir procurar por ele onde mais lhe agrade.
E quem merecer que esse milagre se realize pode sim, ir em busca de sua redenção.
 Essas histórias que aqui eu estou colocando servem apenas para ilustrar o que eu sempre costumo chamar de casos sobrenaturais...
 Hoje em dia todos nós percebemos que no tempo turbulento que vivemos, mais do que nunca precisamos de milagres, e precisamos ter muita fé...                        

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

LENDA DO PÉ DE GARRAFAS




Eu nasci no interior do estado de Mato Grosso do Sul muito antes de ser dividido e por algum tempo moramos no interior, nos cafundós do pantanal.
 E por lá parece que sempre existiu uma lenda sobre um ser fantástico muito temido.
 Contavam por lá, naquelas época das décadas de 60 e 70, que vagavam perdidos esses seres pelas florestas e cerrados que existiam na região do interior e de todo o pantanal.





Histórias ficaram muito conhecidas e sempre foram contadas por toda essa grande região. 

















Gerando casos e se espalhando pelas fazendas e invernadas. Correndo pra todo lugar.
 Tinham muitos peão e imigrantes que trabalhavam aqui  vindos do Paraguai e de outros estados das redondezas.
  E se espalhou um monte de histórias de onças e fantasmas que apareciam pras pessoas que moravam ou vagavam perambulando pelos interiores e rincões.
  Mas a lenda que os paraguaiada e os peão empregados das fazendas realmente tinham medo era um ser fantástico. 
  Saído talvez de algum pesadelo ou imaginação exacerbada dos ribeirinhos,
 índios e nativos...
Eles temiam muito ter um encontro com um ser apenas conhecido como pé de garrafa.
  Uma noite você andando pelo breu e escuridão que envolvia quase todo o interiorzão do estado do Mato Grosso.
 Ecoa pela vastidão daquelas matas e terras, um grito.
 Um grito que vem de muito longe, sem que o ouvinte pudesse identificar  de que tipo de garganta estaria saindo aquela voz.
  Se era uma voz humana ou de algum animal selvático morando por essas terras.
A pessoa então sem saber de que se tratava, para zombar de quem estivesse ouvindo, repete por sua vez  com a sua voz tentando imitar aquele som horripilante.
  De lá do outro lado.
  De algum lugar ainda muito longe, aquela voz torna a repetir o seu rugido de lamentação.
Para não ficar para trás, o desavisado torna a gritar também respondendo ao  barulho.
 Aí se estabelece o estranho diálogo.
O homem que grita de cá. Enquanto a criatura fica respondendo de lá e gritando parecendo que quer chegar mais perto.
  Com o tempo os dois já estão tão perto um do outro que os dois já deveriam até por força, estar se vendo.
  Mas acontece que o pé de garrafa não está interessado apenas em travar contato de longe com o interlocutor.
É um bicho horrível que muitos descrevem como sendo cheio de pelos longos e eriçados.
Com dentes pontudos e aparentando ser ameaçador.
Ao se aproximar de uma pessoa, ele tem a intenção de ver se trata-se de algum outro ser de sua própria espécie.
  Ao constatar que se trata de um ser humano.  Esse animal fica irado e agride o brincalhão de forma a deixar ele até desacordado.
Superstição ou lendas nascem na verdade é da falta de opção e de informação quando se tenta esclarecer algum fato concreto sem ter as notícias de primeira mão.
 Acredita-se que o pé de garrafa seja um monstro nativo das matas isoladas e inexploradas aqui do MS na década de 60 ou até muito antes disso.
 Sabemos que ele não atacava pessoas em grupos grandes ou duplas e apenas seguia os viajantes solitários. 
Esse apelido de pé de garrafa foi atribuído aos ataques desse monstro porque as supostas marcas de suas pegadas seriam impressões profundas e arredondadas como o fundo de uma garrafa.
 As crendices atribuíam a ele a aparição de pessoas atacadas e espancadas.
 Mas não havendo mortes.
 Não se saberia que tipo de pessoas seriam as preferidas.
  E até hoje o que correm pelos sertões e interiores são apenas lendas e crendices.
 Não se saberia se havia alguma ligação de fatos sobrenaturais de outros tipos.
 Durante o passar das décadas, estas histórias vão se distorcendo e ficando obscurecidas pelas brumas do passado.
 Uma das histórias que me contaram sobre isso, o monstro veio de encontro a uns trabalhadores de uma fazenda.
Eles então saíram correndo. O monstro então atacou uma vaca que havia morrido e que eles estavam olhando lá perto.
  









Quando eles voltaram depois daquele susto pra ver o fenômeno, a vaca tinha sido inteiramente devorada...
 Da criatura não havia qualquer sinal.
Que animal seria capaz de consumir mais de 400 quilos de carne em pouco tempo assim é o que faltou se explicar.
  E com isso os dois podem ter certeza que escaparam de uma morte certa.
 Pois quem come uma vaca inteira em uns poucos minutos, se pegasse um ser humano usaria apenas de aperitivo...
Escaparam apenas, mais do que na hora certa por ter corrido.
Seria o caso de se levar tudo isso muito a sério. Porque ninguém cria medo de andar livremente pela mata. Nem suspeita que aparecem de repente coisas que não pertencem a este mundo...
 ATÉ SE ENCONTRAREM E SER TAMBÉM MAIS UMA DAS VÍTIMAS DE UM PÉ DE GARRAFA


sábado, 4 de outubro de 2014

UFOLOGIA : TEORIAS TOLAS SOBRE E.Ts E SEUS VEÍCULOS ESPACIAIS

Desde que o mundo é mundo sempre existiu o sobrenatural no imaginário coletivo da humanidade
que vagava sobre a terra...
  Os céus do nosso planeta além de serem uma vastidão enorme de espaço desconhecido.
  Era também recheado de vida e atividades incompreendidas.
  Porque de la de cima cai a chuva ?
  Porque do alto vinha o trovão?
  Porque os céus se rasgavam em luzes e sons com o relâmpago ofuscante.
  Nas noites estreladas o que eram aqueles pontinhos claros no manto escuro das noites.
  O que era aquela claridade abençoada vinda da lua cheia pra nos iluminar ...
  E o astro rei com o seu fogo abençoado que mesmo quando abrasava o caminho ainda assim, levava a vida e a esperança de um novo recomeço depois de uma noite de tormentas.
  O fascínio do espaço sempre dominou o pensamento humano em todas as épocas  da história.
  A lenda diz que a grande maioria das divindades dos tempos antigos, ERAM HABITANTES DO CÉU !
  E muitos daqueles seres divinos que eram amados e adorados pelos povos, tinham acesso à terra.  Olhavam para nós e para a nossa vida.
  Desciam seus favores até aqui para nos ajudar.
 Em certas ocasiões se comunicavam com a terra e até mesmo levavam os seus escolhidos para o alto junto com eles ...
  Hoje em dia sabemos que muita coisa de antigamente era vista de maneira simplória e tosca pelos povos antigos de nossos antepassados.
  Sabemos também hoje de que maneira que podemos explicar muitos dos fenômenos celestes de forma a tornar tudo o mais claro possível.
 Talvez o céu mais claro que já existiu.
 Todo mundo sabe hoje que o nosso sistema solar não tem condições de ser habitado a não ser em nosso próprio planeta...
 Temos Vênus, e Marte como planetas de boa capacidade mas que não abrigam e nem parecem ter abrigado forma evoluída de seres vivos.
Temos as estrelas de dois a quatro anos luz de distância daqui como corpos mais próximos.
 O que já significa longe pra caramba.
  Se alguém nos diz hoje que outra pessoa vai ser levado para o céu, sabemos que terá que ser com um veículo.  Uma nave espacial.
  Se alguém sai de nosso planeta voando em um veículo ou nave espacial por certo sabemos que era pra habitar algum planeta ou mesmo um veículo que possa andar pelo espaço até que seu passageiro seja capaz de alcançar um planeta...
  E se um dito desses veículos estranhos vem vagando a esmo por aqui como se afirma, não é necessário pensar muito pra decifrar a sua origem.
  Tá na cara que veio foi de algum outro planeta.
   De onde mais que poderia ser, não é mesmo ?
  Qualquer ser que viesse ter aqui entre nós, vindo de fora de nosso mundo pode ser denominado sem frescuras e problemas, de ser extraterrestre.
  Porque este termo tanto amplo quanto vago, engloba praticamente tudo o que se poderia detectar.
  Mas o que de mais estranho existe neste assunto não é o fato destes seres terem chegado até aqui em nosso planeta.
 Coisa estranha e muito feia é o que tem acontecido é conosco !  Por exemplo, se um ET aparece aqui em nosso mundo e a sua nave cai, qualé o procedimento correto ?
  Pegar este cara do espaço e seus pertences, informar corretamente a população. Depois conduzir o seu enterro oficialmente e fim de papo.  O que tem sido feito ? Nada !
 Pelo menos nada OFICIALMENTE.
  Sabemos que os nossos governos da terra NÃO SÃO DE CONFIANÇA. Eles tem mentido e trapaceado uns aos outros tentando enganar os concorrentes e a toda a humanidade neste assunto desde muitas décadas.
  Se pensarmos em seus motivos nos assustamos até.
Enquanto a pessoa normal apenas nem se envolve na questão. Muitos dos humanos hoje na terra tem tido atitudes absurdas...
  A UFOLATRIA.  Endeusar e idolatrar aos extraterrestres. Nenhum ser do espaço pode ser considerado melhor nem superior a nós apenas por estar vindo ao nosso planeta a partir do espaço.
 A NEGATIVIDADE.  As pessoas pensam que nada deve ser considerado real a não ser a irrealidade dos fenômenos ? Pode isso ?
 A ATITUDE COMODISTA. Não é necessário pensar nisso, nem saber de nada disso. E nada, nada que não aparecer na imprensa dita oficial não precisa ser pensado, nem investigado. Se o jornal de algum canal de TV não noticiou nada, nada é verdade e podemos estar tranquilos. Ir dormir ?
 Temos A ATITUDE RAIVOSA. Odeia todos que falam de ufologia. Detestam tudo que pode bagunçar estes velhos esquemas do pensamento. Não está do lado da verdade nem de nada. Apenas não querem pensar, nem aceitar. Podem fazer tudo menos sair de seu mundo tacanho pra ver se a verdade está ou não lá fora...
  Deixando de lado tantas teorias e besteiras temos que passar para o segundo nível. explicar coerentemente o universo contrariando a logica ou a falta dela, de todos os velhos esquemas de pensamento.
   
 




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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

EU ViVí NUMA CASA MAL ASSOMBRADA...


Foi por volta de 1979, que havia uma casa onde moramos com a minha mãe e meu irmão.
Junto com outros parentes. Durante alguns meses vivemos em um verdadeiro inferno naquela casa!!!





Aconteciam muitos fenômenos estranhos naquela casa que nós moramos na rua bandeirantes. E agora Já deve ter sido demolida faz bastante tempo.
No começo a gente nem entendia direito o que estava se passando.
Caíam umas pedras pequenas em cima do telhado de nossa casa quase toda noite, com muitos intervalos entre uma pedrada e outra e isso se prolongava até altas horas...
Parecia a brincadeira sem graça de algum doente mental...
Já era tarde da noite e toda vez que você estava pegando no sono, caía uma pedrinha e rolava pelas telhas até tocar no chão.
E você parava e ficava escutando. Muinto tenso à espera da próxima pedra que iria cair...
Isso foi só o começo!!!








Logo a porta de madeira fazia barulhos, se sacudia e arranhava como se houvesse algum bicho ou um monstro querendo desesperadamente entrar.
Um tio e o meu avô que faz tempo já é falecido resolveram que iam acabar com o que quer que fosse que estaria nos causando todo aquele tormento.
Com um cano de espingarda feito de ferro na mão, meu tio esperou meu avô abrir a porta.
Para dar uma cacetada no tal arranhador de portas.

 Mas ao abrir, qual não foi a surpresa!
Não havia ninguém na porta nem ao redor dela.
Foi o que fez com que todos nós tivéssemos a certeza de que havia algo de muito errado com aquela casa.
Logo as panelas da cozinha pareciam estar desabando todas ao mesmo tempo, fazendo um grande estardalhaço no chão!
  E a gente que era besta.
Ía lá olhar o que tinha acontecido.
E novamente, nem mesmo um garfo havia sido movido de seu lugar.
Um pé de limão que havia nos fundos da casa se chacoalhava como se estivesse em uma tremenda ventania.
E caía limão pra todo lado.
Juntamente com as folhas da planta...
Só que todos os dias a minha avó varria diligentemente aquele quintal.
E durante a noite não tinha caído nem mesmo umas poucas folhas.
A porta do banheiro rangia e depois batia numa parede.

 Como se o vento a estivesse movendo o tempo todo durante a noite.
Era feita de madeira e fazia um barulho engraçado: nheeeeeeck, Paff!!
E toda vez que eu fui lá fora olhar, a mardita da porta estava bem parada...
Porque estava firmemente amarrada!!
Então nem tinha condições de bater.
Nem me lembro o que foi que os vizinhos disseram sobre um velhinho ter morrido dentro daquela casa, sozinho.
Só sei que desde então ninguém mais havia tido paz para viver ali.
Até a gente arranjar outra casa levou um bom tempo.
Tempo esse que nós fomos obrigados a conviver com todos aqueles estranhos barulhos e fenômenos inexplicáveis.
Mas nunca nos ocorreu nada de mal durante os meses que moramos ali.
Não se tratava de qualquer caso de paranormalidade comum, como se poderia pensar. Nunca houve efeito fisico algum se manifestando ali dentro!!
Apenas efeitos sonoros e psicológicos nas nossas mentes.
Perdi aos poucos o medo de assombração e passei a encarar de uma outra maneira bem menos cética quando ouço contar este tipo de história.
Mas este foi só o inicio.
Porque outras duas vezes tive experiências estranhas.

Envolvendo o que a gente costuma chamar, de CASO SOBRENATURAL.
Só que isso, já é UMA OUTRA HISTÓRIA...




quinta-feira, 24 de novembro de 2011

CAUSOS : as histórias incríveis do MATO GROSSO

   O pessoal de antigamente tinha o hábito de reunir as pessoas ,   geralmente as de uma mesma família pra se contar as coisas e as histórias do passado .
  Quase sempre era essa a hora de se aprender com os mais velhos as coisas que aconteciam, e também as regras de conduta e de moral.
   Ou apenas a hora de se distrair em uma época em que não existia nem TV e nem se tinha o hábito de ouvir o rádio pelos rincões do antigo estado do Mato Grosso naquela época.
    Muitos e muitos anos depois minha avó reunia eu,  meu irmão e meus primos para escutar essas histórias mais do que inacreditáveis.
   E para qualquer outra pessoa tudo aquilo não passaria mesmo é de histórias .
  Mas para a minha família, tudo aquilo era coisa muito da séria .
  Na época de antes da segunda guerra , minha avó morava na água doce. Um vilarejo próximo à cidade de Bela Vista, fronteira com o país do Paraguai. Meu avô trabalhava de carpinteiro e pedreiro com os irmãos dele e o pai .
    Minha avó certa vez estava sozinha em casa numa noite, com o filho mais velho e um filho pequeno.
   Daí ouviu o barulho do lado de fora da casa, como se fosse de alguém que chegava e abria o seu portão.
  Ela então mandou o garoto :  Vai abrir a porta pro seu pai que está chegando, eu escutei o barulho dele lá fora no portão.
   O menino foi correndo abrir a porta para o pai e ela deixou o filho pequeno na cama e veio para a porta da frente para receber o marido.
    Mas assim que o garoto abriu a porta, ficaram ele e a mãe totalmente paralisados pelo susto!   Porque o que se encontrava ali parado não era uma pessoa deste mundo!
    Na verdade era uma assombração ou alguma coisa parecida.
  Minha avó e as pessoas daquela época costumavam ser baixos, na estatura de 1,60 e essa pessoa que se encontrava ali parada diante da porta era tão grande que você não podia ver sequer a metade de cima do seu corpo.
   E assim que avistou aquela assombração ela começou a passar muito mal, pois estava grávida.  E ali mesmo ela acabou por perder o bebê que esperava . 
   Era coisa do outro mundo mesmo. Só podia ser pois do chão até a soleira, na parte mais alta da porta e o telhado,  tudo o que se via era até a cintura de um ser estranho.  O pé era enorme e vestia calças ou um tipo de roupa estranha.
    E lá naquela região todo mundo se conhecia.
    De forma que aparecer de repente uma pessoa estranha de mais de três metros de altura sem que ninguém mais visse ou que ninguém conhecesse era praticamente impossível por ali.
    Depois de ver a criatura e tomar aquele susto enorme ela mandou o filho fechar a porta e ficou lá passando mal. Depois quando pode ser atendida constatou-se que ela tinha tido um aborto espontâneo. E ninguém jamais soube explicar de onde veio e pra onde terá ido o ser que rondou aquela casa.


  Em uma região tão rica em acontecimentos fantásticos e inexplicáveis, estava claro que a história acima não seria nem a primeira e nem a ultima que iria acontecer por lá...
  Em uma outra ocasião aconteceu uma outra coisa muito estranha com a minha avó e os parentes.
  Ela vinha andando com os filhos por uma trilha, um " trieiro ou triero " como se costuma chamar por aqui.
  É um caminho pelo mato onde de tanto as pessoas passarem acaba sendo aberta uma picada.
  Um caminho livre de matagal no meio do cerrado.
  Nesse ' triero ' a vegetação tomava conta dos dois lados da estradinha de terra.




 E você podia ver ao longe dois daqueles coqueiros nativos que são muito altos e de tronco liso ou alguns tipos de coco que são cheios de espinhos.
  Ficavam um de cada lado da estrada.



Eles vinham entre várias pessoas caminhando e viram uma enorme rede estendida de um lado a outro da estradinha.
   E uma pessoa estava sentada a se balançar na rede. A cinco metros do chão e conforme se chegava perto daquele estranho fenômeno, puderam notar que essa pessoa simplesmente NÃO TINHA CABEÇA !
   Com o enorme susto que todos tomaram, voltaram correndo para casa, sem saber como explicar aquele espectro que tinham visto.
Em plena luz do meio dia.
  Nunca se soube de onde teria partido tal aparição e nem porque escolhera aquele lugar pra fazer suas diabruras.
  Pra quem presenciou o fato: Era uma assombração. Ponto final.


   Agora vamos partir pra uma outra coisa incrivel que aconteceu no seio da família.
  Porque foi um verdadeiro fenômeno.
  Na época da construção da estrada de ferro aqui do mato grosso. A noroeste do brasil, muitos trabalhadores foram chamados pra trabalhar em um regime muito pesado e em péssimas condições.
   Naquele tempo o pantanal, e uma grande parte do estado teria que ser ligado pelos trilhos do trem do pantanal.
 Um homem que trabalhou nessa ferrovia acabou por adoecer e depois de muito sofrimento veio a falecer com apenas 22,  provavelmente de malária ou outra daquelas doenças tropicais que assolavam o pantanal naquele tempo.
  Pois bem, uma pessoa morrer nessa idade naquele tempo era uma coisa até mais do que corriqueira.
  Mas o que aconteceu depois foi algo muito mais do que surpreendente.  O medico havia declarado a morte do homem. A família providenciou o enterro e um dos irmãos mais velhos do morto.
  Sentindo muito pesar pela morte do irmão comprou tudo que havia do bom e do melhor em roupa de cama , mosquiteiro. Roupas pro irmão e até um belo caixão.
  Tudo de qualidade e para homenagear o defunto.
   Quando tudo parecia bem encaminhado o morto aparentemente resolveu que ainda não estava na hora de descansar em paz!
  Sentou e espantou os presentes ,  voltando à vida de forma súbita e incompreensivelmente revoltado.
  De repente começou a reclamar de todo aquele luxo e desperdício de dinheiro que tinha sido gasto com a sua pessoa...
  Quando eu era vivo , meu irmão me humilhava, mi fazia trabalhar e mi pagava uma mixaria. Me maltratavam e nunca mi deram nenhum valor!
  Agora que eu morri compram roupas bunitas, ternos, lençol e esse caixão enfeitado.
  Podem tirar tudo isso daqui ! não quero nada que vocês colocaram em mim pra mi velar como si eu fosse um rico.  Como se vocês si importassem comigo.  Podem tirar tudo isso daqui agora.
 eu estou com sede e quero só beber um pouco de água.
   Como não se costuma negar nada a um moribundo, menos ainda negariam água a um morto.  E então trouxeram a água e o morto bebeu...
   E logo em seguida deitou-se novamente e tornou a morrer. Desta vez definitivamente!
   Claro que a família não iria se conformar em jogar fora tanta coisa ainda sem uso e deixar tudo por isso mesmo...
  Então venderam tudo e juntou-se o dinheiro pra comprar materiais para construir um tumulo.
  Uma ultima morada para aquele ente querido que descansaria pelo resto da eternidade ali.
   Mas o tijolo, a areia, o saibro e pedras que havia sido comprado e que ali seria usada pra construir um jazigo enfeitado e até a cruz que queriam por.
  Depois de descarregadas ali no cemitério e antes que tivessem tido a oportunidade de serem usados.
 Uma espécie de chuva repentina veio, criando uma enxurrada muito forte e foi abrindo um buracão enorme.
  Que acabou por tragar todo o material de forma que não restasse um único tijolo daqueles.
  Não sobrou foi nada !
  E a unica lição que se pode tirar dessa historia é  a de que se você tem algo a fazer por alguma pessoa. 
  Tente fazer apenas coisas boas pra todos que estiverem perto de você.
   E enquanto essa pessoa querida está bem viva e em condições de usar qualquer presentinho que você queira dar...      

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

UM FANTASMA NA PESCARIA

Este caso aconteceu com uns amigos que tinham ido pescar em uma lagoa, criame de peixes que ficava nos fundos de uma empresa de comércio de produtos agrícola. 
  Quase toda lagoa particular aqui do estado de MS, tem a entrada proibida a estranhos.






E nesse caso a entrada também não era permitida.
A sorte era que um dos rapazes era ex-funcionário da empresa, e o vigia permitiu que eles pescassem lá.
Desde que não se deixassem ser vistos ali por ninguém.
Os amigos então chegaram até o lago e se puseram a pescar.
Tudo ia muito bem, até que lá pelas tantas, um dos rapazes reparou em um estranho personagem.
Lá bem longe, em meio ao capim e as moitas de arbustos. Um cara parecendo que os vigiava.
 __ Ei, tem um cara ali naquele mato olhando a gente! - disse aos amigos.
 Ele ficava de pé a meia altura. E se mexia balançando de um lado pro outro, esticando o corpo pra fora da touceira do mato. E quando percebia que tinha sido visto, ele depressa se encolhia novamente...
Desaparecendo da vista.
Mas acontece que o sujeito de repente mudou de moita. Sem que ninguém pudesse ver como foi que se moveu de uma moita tão longe para a outra...
Apareceu em outro lugar simplesmente.
 O cara que tinha ficado vigiando o homem suspeito. Muito grilado com sua atitude, logo chamou também a atenção dos outros amigos para o tal misterioso sujeito.
 Então, algum tempo depois, todos já tinham visto com os seus próprios olhos também.
O estranho homem que no começo pensaram que não passava de cisma, e uma maluquice do amigo.
Mas Eles ficaram lá por um bom tempo pescando e o insistente espião a cada vez aparecia em uma moita mais pra longe ou mais pra perto de onde eles estavam. Por fim todos pararam de dar importância ao rapaz que os fitava, ou olhava também em outras direções.
Fitando o nada. O vazio.
Foram afinal embora depois de pescar muitas tilápias do criame  do lago.

 Mas na segunda feira, quando viu novamente o vigia da empresa.
 O pescador contou que um dos amigos tinha ficado vigiando muito tempo os movimentos de um cara desconhecido.
Aliás todos tinham ficado muito grilados com esse cara que a toda hora aparecia e sumia...
 O vigia apenas sorriu e falou que aquilo era normal mesmo...
__ Sempre quando vem gente pescar ai na lagoa, as pessoas costumam ver esse cara de longe. Que apenas os olha e depois aparece ou desaparece...
 Isso começou depois que foi encontrado na lagoa, o corpo de um rapaz.
 QUE MORREU ALi!
 AFOGADO...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A ÁRVORE MALDITA

   
  Quase todo mundo duvida da existência de fantasmas.
   E não se sabe exatamente ainda o que seja o fenômeno do que se costuma chamar de assombração.
  Mas por alguma estranha razão, certos lugares são mais propensos a ter aparição de fenômenos sobrenaturais...
 Esse parece ter sido sempre o caso das árvores de figueira por aqui no Mato Grosso do Sul.
  Com várias espécies pertencentes ao gênero ficus.  Ela possui ramos aéreos, conhecidos como raízes adventícias.
 E sempre são árvores bem grandes e copadas.  Algumas podem até se tornar plantas estranguladoras como acontece por exemplo com a figueira branca.
Que cresce no tronco de outras árvores e as estrangulam até a morte.


  




Em uma figueira.
  Uma dessas árvores muito velha, com raízes tão grossas como um braço.
   E que tinha uma má fama muito grande antigamente, em um bairro daqui da capital de MS.
 As pessoas diziam que se costumava ver coisas em sua proximidade.
 Assombração sei lá o que.
 Mas como sempre acontece, nem todo mundo acredita nessas coisas.
 E aconteceu que um criador de galo índio que eu conheci faz muito tempo.
 Quando estava então com seus doze anos de idade, era um desses, que nem dava importância pra boatos de fantasmas.





Em uma certa ocasião ele tinha ido a cavalo, na casa de um amigo da família.
E se esquecendo da má fama do local resolveu passar por aquela estrada.
  Mas acontece que naquela manhã o cavalo que sempre tinha sido manso e obediente. Cismou de empacar.
  Ele era branco malhado de cinza e bastante alto. Um cavalo muito bonito e jamais tinha desobedecido um comando de um ginete em toda a vida...
 Até o dia que seu dono cismou de se aproximar daquela esquina da figueira assombrada.
Mas até então não se podia ver nada de errado ali ao redor.
  Por coincidência o galo que ele levava amarrado no cavalo, olhou meio de lado para cima e soltou um gorjeio de aviso.
 Daqueles que eles soltam quando percebem algum gavião ou outras aves voando no céu.
 Sai um piado fininho e comprido que soa como um cruok iiiiiiiiiiiiiii.
 Isso chamou a atenção do moleque que olhou na direção da árvore próxima.
  Pra onde o galo índio também olhava.
 Ainda hoje ele sente arrepio ao lembrar do que estava ali, pendurado no alto da árvore. 
  UM FANTASMA...
  Uma senhora muito risonha olhava o menino cavaleiro, em silêncio.
  Parecia muito bonita e simpática, serena. 
  Mas estava como que sentada a três metros de altura do chão e se balançava nos ramos daquela figueira como uma criança num balanço de parquinho.
 O cavalo branco, com os olhos arregalados se recusava a ir adiante.
 Uma lenda em que falavam daquele lugar, dizia que uma mulher da vida tinha sido assassinada e jogada dentro de um poço, numa casa que ficava atrás daquela figueira.
 Só restava o alicerce da casa que tinha sido demolida há muito tempo. 
  E o poço parcialmente atulhado não tinha mais água.
 Dessa forma, se espalhava a lenda de que aparecia assombração naquele lugar.
 Com o susto o guri pulou do cavalo, largou o galo no chão e correu desembestado pra sua casa.
 Lá ficaram seu galo, e seu cavalo abandonados, na rua deserta.
 Ao chegar em casa, nem pudera contar a ninguém o que lhe havia acontecido. O medo tinha sido tanto que nem voz ele tinha mais. Falava e suas palavras entalavam na garganta.
  De modo que nem podia balbuciar.
  E horas depois quando um irmão chegou ele já recuperado um pouco do susto contou ao irmão o que viu mais cedo na rua.
 Sabendo muito bem onde era o lugar, o rapaz foi até lá, afinal não se podia abandonar o cavalo assim.
  E para sua surpresa o cavalo pastava mansamente e o galo lá estava amarradinho como o menino o havia deixado.
 Não havia o menor sinal da senhora da figueira...
 Tudo teria sido uma ilusão? TALVEZ !!
 Mas não devemos esquecer que na Europa e pelo mundo todo, alguns locais de peregrinação tiveram início de forma parecida.
 Quando no local se avistou uma mulher que as pessoas acreditaram ser a virgem maria.
 Dessa vez a travêssa mulher da figueira não era a santa.
Ao contrario era ...
Ah! Vai saber quem realmente ela era!



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O LOBISOMEM . bicho assustador sai da mata

Hoje em dia, em certos rincões afastados do interior do Brasil sempre se ouve falar da aparição de algumas criaturas que são muito assustadoras.
E existe uma que por falta de uma nomenclatura melhor, é conhecida por quase todo mundo como LOBISOMEM. Ninguém em sã consciência iria acreditar que tal metamorfose do homem em um animal da família dos lobos seja possível.
 Mas mesmo assim, inúmeras histórias sobre este monstro lendário chegaram até o meu conhecimento.
Sempre são coisas bem  interessantes, igual a gente sempre vê mostrar em muitos filmes famosos.
Um relato desses que eu achei muito curioso, eu batizei de : 
O  BÊBADO  E  O  LOBISOMEM.
Foi um incidente ocorrido em uma cidade aqui do interior de Mato Grosso do Sul.
Um cara tinha ido tomar um porre daqueles! 
Como sempre costumava fazer até muito tarde, toda noite. 
Infelizmente o alcoolismo é muito comum em todo o Brasil ainda na época atual.
Ele bebeu até não se aguentar mais em pé. E saiu trançando as pernas como sempre lhe acontecia.
Indo pra casa, no lugar pra onde ele se dirigia não tinha ainda luz elétrica.
Por isso mesmo ele se lembrava bem que a Lua estava muito clara.
 Mas não saberia dizer se era a Lua cheia ou outra faze.
Mas mesmo com a luz da Lua. Parecia que naquela noite o homem tinha bebido realmente Um pouco além do que era habitual.
Porque agora, andando pela rua. Ele nem sequer conseguia se orientar pra chegar em sua casa.





Depois de vagar sem rumo por um bom tempo, o pobre homem,  já cansadão de tanto andar. E sentindo os efeitos do álcool.
Ele finalmente avistou uma árvore enorme. Que projetava sua sombra quase na rua toda. Possivelmente uma mangueira centenária.
O bêbado então foi até ela, recostou o corpo quase deitando em seu tronco... E ali mesmo roncou em sono solto!
 Tirando uma gostosa soneca. Nem sei por quanto tempo...
_ De repente no meio da madrugada, algo o despertou!






Um barulho no mato perto dali.
Com a pouca claridade da luz da lua, ele pode divisar aquele bicho enorme. Peludo, e horroroso que ia saindo do meio daquele mato.
O Homem teve o maior susto de toda a sua vida ! Era lobisomem !
O que ele deveria fazer ?
O bicho veio gingando para o seu lado, deixando a mata e se aproximando do homem. Diretamente...
Com um medo incontrolável, ele apenas cobriu a cabeça com a camisa, e parou ali mesmo. Sem se mexer...
Rezando pra que o monstro passasse reto.
Mas o bicho tinha na cabeça outras ideias, e veio mesmo foi em sua direção. E logo estava ali junto dele.
E parecendo muito interessado. 
Até demais.
Farejou seus pés, o corpo e a sua cara.
O homem só tinha um pensamento... 
A certeza que ia morrer !
E durante um tempo que lhe pareceu interminável o lobisomem ficou ali ao seu lado.
Mas vendo que talvez não tinha nada de interessante naquele homem fedendo a cachaça...
Virou bruscamente e saiu andando, até se meter no matagal cerrado. Do outro lado daquela rua.
O bêbado lá ficou, parado. Até ter certeza que o animal se fosse de vez.
Quando então finalmente ele tirou a cabeça pra fora da camisa e abriu os olhos.
Levantou-se e milagrosamente viu que suas pernas, agora lhe obedeciam!
Ele ficou de pé e caminhou, COMPLETAMENTE SÓBRIO !
Se orientou e achou o caminho de casa que tinha perdido. Bem Rapidinho.
Foi pra casa e desde esse encontro, nunca mais na vida pos uma gota de álcool na boca novamente! Entrou pra uma igreja.
Aceitou a Jesus, virou evangélico e nem quis mais ouvir falar em beber.
Nem em ver nada sobrenatural na vida.
Isso é o que se pode chamar de FINAL FELIZ...




segunda-feira, 28 de setembro de 2009

LENDA SACÍ PERERÊ...



Uma das tantas e tantas coisas estranhas que se ouve falar por aí e que deve ser capaz de existir no nosso mundo, é o que se costuma chamar de Sací-Pererê.
O Sací que tanta gente descreve e até brincam.
 Não é apenas uma lenda...
 Pelo menos os relatos que tive sempre contato demonstram que existe uma certa força oculta e sobrenatural envolvendo esse fenômeno do Sací-pererê.
  A linha distinta que separa aqueles casos sobrenaturais de tipos diferentes, no caso do Sací simplesmente deixa de existir...
Porque no final os fenômenos meio que se misturam...
 Por exemplo, a lenda conta que pra uma pessoa nunca se perder numa mata, tem que deixar um naco de fumo, pro sací colocar no  seu cachimbo.  O PITO.







Ora bolas, um ser não corporal não tem vícios e muito menos vai fumar !
Também o sací-prerê é invisível todas as vezes que ele quiser ficar.
 E pode desaparecer e aparecer de repente.
Isso sim denota uma característica estranha como de um ser imaterial.
Não de um ser físico e corporal.
 A aparência física de um sací-pererê seria um moleque de até treze anos com um gorrinho na cabeça que é vermelho. 
Ele usaria apenas uma calça curta ou shortinho, anda sem camisa e pulando em apenas uma perna só!
Para se locomover por aí pelos lugares, ele não anda pulando numa perninha como faria qualquer deficiente, ele se transforma em um redemoinho de vento e sai invisível soprando por aí.
Dizem que sací é um tipo de diabinho criança.
 Que vive pra se divertir e pregar sustos e brincadeiras sem graça em qualquer pessoa.
 Um espírito brincalhão e irrequieto que num gosta de ser solitário.
Como quase todo garoto atentado o sací num  gosta de meninas.
O sací está associado de alguma forma com a planta conhecida como bambu.
  Não existem sacis na cidade. Eles existem em mata, fazendas e beiradas de rios.
 Nem tudo o que as lendas contam sobre o saci foi verificado na prática.
 As vezes tentar ser amigo de um sací pode ser muito prejudicial para a saúde.
 Existe uma daquelas Teorias Tolas da Ufologia que atribui a discos voadores qualquer tipo de aparição das associadas ao sací.
 Seria uma nave com uma luz vermelha no alto e apoiada em um trem de pouso em forma de coluna única.
 Acho tolices tais ideias.
 Tem umas brincadeiras que fazem dizendo que se pode criar e fazer  crescer os sacis.


Bobagem...
A história que eu quero contar aqui, na verdade são duas.
 De muitas e tantas que se tem conhecimento.
 São relatos e fatos, não lendas sem sentido as histórias do sací.
Então vamos começar por uma história que desde muitos anos foi perdida ao longo da passagem dos tempos.
  Conta-se que pela época da década de 1950, em uma cidade que era pequena e fronteiriça daqui do interior do estado de Mato Grosso, um homem desapareceu.
 Um tempo depois esse homem foi visto vagando e perdido entre as matas, e fugia a qualquer contato humano.
 O homem estava perturbado sujo e quase louco.
 Pra devolver o homem de volta para a civilização, tiveram que atropelar o tal homem a cavalo e laçar como se fosse um boi arredio.
 E tal homem jamais voltou ao seu estado natural.
  Conta-se que ele não falava coisa com coisa. 
 A lenda conta que ele dizia ter sido levado para uma moita enorme de espinheiros.
 Ficou prisioneiro lá por dias. Sem ver ninguém. Sem falar com pessoas. Passando frio e sede. E muita fome. E quem foi que fez tudo isso ?
FOI O SACÍ-PERERÊ.
 Ele queria um amigo, e alimentava de vez em quando o seu amigo no cativeiro com algumas frutas do mato, levava pra ele mel, e água. 
Isso era bem raramente, é claro.
 Até o dia em que nas muitas ausências e horas de solidão em que o sací lhe deixava, ele enfrentado todas as dores e torturas.
 O homem atravessou os espinhos e os insetos venenosos que o impediam de fugir dali.
  Claro que a esta altura ele já tinha mesmo perdido o juízo.
Como essa lenda foi legada a nós da década de 40 ou 30 ou sabe lá se bem antes disso, nem sabemos se alguma parte dela é verdadeira...
  Mas acontece que um menino conhecido veio agora a pouco tempo me contar.
 Que essa história aconteceu foi com o PAI DELE !
Então pelas minhas contas já la se vão DOIS CASOS...
E o pai dele não é o cara da minha primeira história...
Porque pela idade o pai dele em  1930 ou 50 nem tinha nascido.
 Talvez nem mesmo o avô dele.
Apenas a cidade e a situação eram a mesma.
 Por isso me pergunto se num seria o mesmo sací, porque pelo que se fala um sací seria imortal.
 E sací que levou José, pode levar Amadeu e até Francisco...





  O HOMEM AMIGO DO SACÍ

Essa daqui já é uma outra história que a filha desse homem que era amigo de um sací-pererê quem contou.
 Ela fala que o pai dela desde novo era amigo de um sací.
 Esse sací vivia na mata perto de uma fazenda e o pai dela lhe levava o que fumar e conversava  com ele, e andavam ali juntos.
 Sempre o pai tirava algumas horas de sua vida pra dar atenção pra  o seu amigo o sací !
 Você pode rir e dizer essa senhora andou lendo demais o Pedrinho do Monteiro Lobato !
  Mas acontece que essa história num tem Peidinho e nem nenhum Monteiro Lobesta não !
  Porque esse sací morria era de ciúmes desse pai dela...
E quando ele se casou e a mãe dela estava grávida, o sací que era daqueles que fica invisível quando quer.
 Ele andava as vezes ao lado do homem, e quando os dois mãe e pai iam andando pela rua e na chácara de mãos dadas, o sací queria afastar essa mulher de seu marido.
 E empurrava ela pra longe até que de um tombo e um susto que esse sací causou nessa mulher, ela perdeu a sua primeira ou foi a segunda gravidez !
 E um amigão sací-pererê como esse é uma amigo pro resto de uma vida. Tanto que certa vez que as crianças ja estavam com uns dez ou doze anos, as meninas estavam uma meia dúzia de crianças brincando em seu quintal.
O pai havia perdido a hora de visitas ao sací ou a saudade bateu mais forte, vai lá se saber o que foi.
De repente apareceu um negrinho dessa mesma idade das crianças, bem no meio delas que brincavam de roda em seu terreiro.
 A mãe dela viu lá do interior da casa quando o diabinho apareceu perto das crianças que se assustaram e correram para a mãe.
 Quando o marido chegou ela mandou que ele levasse um fumo pro bicho.
 O Antenor, vai levar lá um fumo pro seu sací que ele até já apareceu aqui te procurando.
 As meninas falaram que ele soltava assobios, pareciam vir de direção indefinida.  Um barulho que soava assim,  fi-fíí !
O bichinho usava mesmo um pano vermelho na cabeça.
 E desaparecia de um lugar e aparecia em outro.
 E pra sumir de vez as crianças viram apenas um redemoinho de terra vermelha indo para os limites da propriedade.
 O sací só se afastou do pai dela quando o homem se mudou daquela sua cidade do interior.
 Vendo essas coisas e absurdos que outras pessoas falam sobre o sací-pererê por aí.
Eu vejo que alguma coisa tem por trás disso daí.
O fenômeno sobrenatural conhecido como sací,ou sací-pererê.
É REAL...