sábado, 25 de abril de 2009

A CRIATURA INVISíVEL



Este caso ocorreu em uma ocasião em que eu estava junto com meu irmão em um terreno enorme, que ficava em um local perto de minha casa.




existem inúmeros cenários interessantes em Mato Grosso do Sul até mesmo hoje em dia.









Eram duas horas da tarde mais ou menos.
E parecia um dia normal como qualquer outro.
A gente estava catando guaviras. Uma das deliciosas frutificações das plantas nativas do cerrado de Mato Grosso do Sul.
Que só florescem e dão fruto por aqui de setembro a novembro de cada ano.
O cerrado é uma vegetação meio rala e de poucas
árvores meio baixas. Quase sempre retorcidas e de aspecto feio.Quase lastimável mesmo! 
















Ali onde estávamos também não era muito diferente disso. Mas em materia de guaviras ali era o lugar mais infestado delas nas redondezas.
Por isso a gente ficava horas por ali.
Nesse dia tinha uma enorme quantidade de guaviras maduras.
Eu tinha levado um saquinho e guardava algumas enquanto comia as mais maduras.
Depois de um tempo que me pareceu meia hora ou quase isso, eu ouvi uma coisa estranha.
Um tipo de barulho que estava vindo de muito longe. Talvez uns 100 metros de distância.
Lembrava um suspirar ou o bufar de um animal grande. Um cavalo ou algo assim.
Naquela distância toda tinha que ser um respirar muito forte pra que eu estivesse ouvindo.
A princípio eu não falei nada para o meu irmão. Apenas parei e fiquei escutando.
E ficou um completo silêncio por um tempo.
Que foi quebrado por um som ainda mais alto de alguma coisa batendo muito forte no chão.
Parecia um cavalo quando levanta a perna e depois solta o peso do corpo sobre ela mudando de posição.
Faz um barulho meio surdo, de uma espécie de batida. E a gente ouve de longe.
Depois de umas quatro ou cinco paradas eu comentei com o meu irmão: _Você ta ouvindo isso???
Parece o barulho de algum cavalo.
Ele respondeu: _Eu tô ouvindo sim parece que o barulho vem daquela direção.
Só que para bem na hora quando a gente ta olhando né???
Eu acho que ta ficando mais perto.
Quando eu escutei da primeira vez tava mais longe do que agora. _eu falei.
A gente ignorou o barulho e continuamos comendo e colhendo as guaviras sem dar muita atenção ao barulho.
Mas a respiração continuava a se fazer ouvir: Ffffffffuuuuu.
E toda vez que a gente parava pra olhar ela também parava.
Só que logo em seguida se ouvia aquele som de uma pata que batia no solo: Tuufff!!! E cada vez estava mais perto!
Quando vimos que a coisa, fosse o que fosse, já estava tão perto que com um pulo já nos alcançaria, resolvemos sair dali.
Era coisa de uns três a cinco metros de distância.
E aquele mato não daria pra esconder nem mesmo um cachorro.

O que dirá um cavalo!
E nos então saimos correndo apavorados a toda velocidade.
Enquanto corriamos, tivemos a impressão de que a coisa invisível corria atrás de nóis...
_CLARO!!! Quando você esta fugindo assustado nunca irá parecer que não estariam correndo atrás de você...






Para entrar naquele terreno, nós atravessamos uma cerca de arame farpado.
Que eu abri pra passar e até grudei a roupa ao entrar.
Já pra sair, eu me joguei entre os arames e quando percebi, ja estava do lado de fora!!!
Nem que eu tivesse teleportado igual fazem nos filmes, iria sair assim tão depressa.
Meu irmão chegou junto comigo até a calçada e nóis corremos do lado de fora até o fim da cerca do terreno.
Somando direitinho vai dar quase uns quinhentos metros ou mais.
A toda velocidade, pode imaginar o quanto
estávamos cansados.
E só paramos quando vimos o fim daquele quintal enorme e perto das primeiras casas da vila onde morávamos.
Eu nunca mais voltei até aquele lugar para catar guaviras.
Mas certa vez estive no mesmo lugar quando fui na casa de um amigo que morou naquele terreno durante alguns anos. Tudo estava diferente.
Mas eu reconheci o lugar exato. 

Havia um galpão e um curral pra vacas ali.
Meu amigo se mudou de lá e muitos anos depois...
FOI CONSTRUÍDO UM CEMITÉRIO NO LOCAL... 
Se já era MAL ASSOMBRADO, ANTES MESMO DE SER UM CEMITÉRIO...